No dicionário Beatriz Gosta o masculino de dama não é cavalheiro, é “damo”. Sair à noite é sinónimo de “cair na gandaia”; o expoente máximo da diversão acontece depois de se “sacar um cavalo directo”; pelada não é aquele espaço em branco assustador no couro cabeludo mas o adjectivo usado para descrever uma mulher sem roupa; um “mambo” pode ser um caso amoroso/sexual ou uma forma de acabar com a má disposição de uma indivídua (sic); e “greg” – greg é fácil – é vómito.

Se juntarmos a estas expressões uns “pau, pau, pau” (que podem surgir a propósito de tudo e de nada, mas que essencialmente dão intensidade ao discurso), uns “hello?!” a marcar o ritmo; e um sotaque do Norte tão cerrado que nem um vê resiste, temos uma descrição aproximada daquilo que, desde 2015, a portuense Marta Bateira, tem partilhado no YouTube como Beatriz Gosta.

(Tânia Pereirinha in Revista Sábado)